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Mostrando postagens de dezembro, 2017

AS DECISÕES E O DESTINO

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Mais uma vez, foi a televisão aberta. A tarefa mais complexa das telecomunicações brasileiras em 2017, do ponto de vista operacional, era o desligamento do sinal analógico de TV. Aconteceu com sucesso nas principais regiões, superou os gargalos e, daqui em diante, tende a transcorrer com tranquilidade. No Brasil a televisão aberta tem tradição no quesito “fazer acontecer”. E é um setor todo movimentado pela iniciativa privada. Do ponto de vista das ações de governo nessa jornada, o destaque cabe ao ex-Ministro Ricardo Berzoini. A despeito das críticas que alguns possam ter em relação a esta ou aquela medida, em seu tempo Berzoini sentou-se à mesa para fazer acontecer. Tinha uma proposta mas também ouviu, ponderou e decidiu. Cumpra-se! Com o novo governo, Gilberto Kassab pouco teve como interferir no caso. Decisão foi tudo o que faltou em outro tema de relevância das telecomunicações neste ano. A recuperação judicial da Oi foi um fantasma que assombrou o Executivo, o Judiciário

NEUTRALIDADE DA REDE E SOBERANIA

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Quantos chuveiros tem na sua casa? E ar condicionado, também tem? Dependendo do seu padrão de conforto, mais robusta tem que ser a rede elétrica. Alguns padrões para sua escolha, com respectivos preços, e estamos conversados. A quebra do princípio da “neutralidade da rede” entre provedores de Internet passa por este modelo. As empresas de telecomunicações, que dão acesso à Internet, pelo princípio da neutralidade não podem cobrar mais por determinados conteúdos. Um caso clássico foi o  Netflix . Chegaram a ser cobrados valores a mais, alegando que o tráfego de filmes entupia a rede e não rendia nada para as operadoras. Com a “neutralidade”, as cobranças extras acabaram. Foi durante o governo Obama. Trump voltou tudo como era antigamente. Mas isso não deve constituir um problema, como muitos alardeiam. Em recente artigo o Jornalista Samuel Possebon posiciona a questão no ponto exato de observação ao microscópio. E descreve, dentre os contornos, o relevo comercial que se vis

TRAGÉDIA E COMÉDIA NO CASO OI

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A situação da Oi cada vez mais se assemelha à tripulação de um grande navio, brigando entre si pelo único bote salva vidas a bordo. Cada um tem como meta se dar bem, sem nenhuma preocupação com o rumo do navio, muito menos com a legião de incautos que embarcaram na maior boa fé e ainda não se deram conta dos sérios problemas. A empresa, que está em recuperação judicial, precisa apresentar aos credores um plano para se recuperar. E este plano deveria ser analisado e votado numa Assembleia Geral de Credores, marcada para a próxima terça-feira, dia 19 de dezembro. Já é a terceira vez em que a data da assembleia foi transferida e deve ser, mais uma vez, adiada. A briga, que acontece entre alguns setores do Conselho e a Diretoria da companhia, caiu na pura baixaria, segundo matéria publicada pela Revista Piauí. No mês passado o Presidente da empresa, Marco Schroeder, pediu pra sair e fez constar em ata que sofreu “ameaças à sua integridade física”, como represália contra os encamin

PAIXÕES E RAZÕES NOS DESTINOS DA TECNOLOGIA

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O caso teria acontecido num posto da Polícia Rodoviária Federal, numa estrada que corta uma reserva ambiental. O guarda manda parar um carro de passeio e, ao se aproximar, percebe um tatu numa espécie de gaiola, ao lado do motorista: “-Quero ver seus documentos e os documentos do carro. E já adianto que o senhor vai ter problemas, porque tatu é um animal silvestre da fauna brasileira e não pode ser retirado do  habitat  natural.” “-Seo guarda, o senhor está enganado. Esse tatu eu achei ferido há muito tempo, ele era filhote, cuidei dele e criei como animal de estimação.” “-Sugiro que o senhor diga isso ao juiz. A lei prevê pena de prisão para quem prende animais silvestres.” “-Ô, seo guarda, peraí! Eu posso provar, o tatu é adestrado, se eu o chamar ele vem como um cachorrinho.” “-Que interessante...” “-Sim, é muito interessante! Aposto que o senhor nunca viu um tatu adestrado.” “-Meu amigo, interessante é o senhor querer que eu acredite nessa conversa. Eu estou há m

O BITCOIN VAI ENTRAR NO JOGO

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Bitcoin  é uma palavra que hoje lembra dois excessos: muito dinheiro e muita dúvida. No último mês de agosto um artigo deste blog chamava a atenção para a oportunidade de ganhar muito dinheiro “nos próximos meses” com as moedas virtuais, ou criptomoedas, nome mais em moda no momento. Não deu outra. Elas estão valorizando até hoje e, nas próximas semanas, podem dar outro salto. É quando devem ser lançados os contratos futuros de  bitcoins  na CME, a Bolsa de Mercadorias de Chicago, a maior do gênero no mundo. Isso vai fazer os  bitcoins  ganharem um novo  status  no mercado e então... mais dúvidas. Só neste ano o valor do  bitcoin , até agora, multiplicou por 10. Nenhum outro tipo de investimento teve um desempenho próximo a isso. E sabe qual o motivo dessa valorização? Eis aí uma grande dúvida. Ninguém sabe dizer exatamente. Quem atua no mercado financeiro sabe que, para avaliar um investimento qualquer, existem dois tipos de análises: a análise de fundamentos e a técnica. No