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Mostrando postagens de novembro, 2017

PRIVACIDADE, SEU AVATAR VULNERÁVEL NA INTERNET

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PRIVACIDADE, SEU AVATAR VULNERÁVEL NA INTERNET O  case  é antigo, mas reaparece vez por outra, para ilustrar lições de marketing de relacionamento. É aquele do sujeito que ligou para a pizzaria e foi atendido pelo nome. A simpática mocinha, que olhava no cadastro, puxado pelo número do telefone, já sabia também as pizzas que o cliente mais pede. Aproveitou para citar a que estava em promoção. Cliente contente, então ela sugere uma sobremesa, que melhorou o  ticket  para a pizzaria. Um exemplo bem acadêmico para quem estuda marketing, mas preocupante para quem investiga crimes cibernéticos. Dados de clientes vagam entre sistemas, que podem se conectar a big datas, ficam circulando. É uma parte de você passeando tranquilamente num “condomínio virtual” aparentemente seguro, mas na mira de bandidos engenhosos. “-Ora, que risco eu corro se alguém descobrir a pizza da minha preferência? Meus cadastros são superficiais, dessas coisas que a gente usa sempre.” Sim, coisas do cotidiano,

PERDIDO NO ESPAÇO EM VERSÃO BRASILEIRA

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O “funcionário fantasma” é uma figura bem popular no Brasil, já virou até personagem de série de TV. Ele consome recursos do erário público mas sequer comparece para prestar nenhum serviço à nação. É mais ou menos a condição atual do SGDC – que não são as iniciais de algum implicado num processo em segredo de justiça, mas do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação. É o primeiro satélite operado 100% pelo Brasil, o primeiro “cidadão brasileiro” em órbita, que chega ao espaço trazendo esses maus hábitos da troposfera. A “posse” foi no início do último mês de maio, quando foi lançado pelo foguete Ariane 5. O investimento de R$ 2,8 bilhões foi literalmente para o espaço, porque a maior parte da infraestrutura em terra para receber o sinal não existe. Essa situação criada na Telebrás, como as mazelas em geral dos órgãos públicos, é fruto da falta de planejamento e de contingências políticas. O SGDC foi concebido no final do Governo Lula para ser um servidor público, autê

HUMANISMO E HUMANADAS NO CIRCO HI-TECH

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Se você não tem uma resposta para a seguinte questão, pergunte a um comediante: “-O que leva uma pessoa a passar uma noite fria de outono na rua, em Nova York, esperando abrir a loja da  Apple  para comprar um  iPhone X ?” A resposta dele deve ser engraçada. Mas se você quiser uma resposta mais divertida e criativa, talvez o melhor seja perguntar a um psicólogo freudiano. Não que os psicólogos sejam palhaços, é o comportamento humano que está ficando mais engraçado. Ou mais triste, para os pessimistas. Com certeza, está mais verdadeiro, na medida em que a gente se conhece mais. São  halter egos  ocultos que representamos, num faz-de-conta tosco em que o mundo virtual nos recebe. Nos videogames, por exemplo, já fugimos do  Pacman , passamos pela ingenuidade do  Super Mario Bross , pela crueldade de lutadores monstruosos, até pela habilidade do Neymar. Atitudes estranhas? Faz tempo, mas você já riu de alguém falando alto e gesticulando na rua só para mostrar que está ao telefone c

AS HORAS DA LEI E OS MINUTOS DA TECNOLOGIA

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Fim de ano vem chegando e muita gente já está organizando as Festas. São famílias escolhendo a casa onde vai ser o Natal, são turmas decidindo se vai ser praia ou campo e cada um calculando se vai ser no cartão ou do décimo terceiro. A questão é que, independente do que ficar resolvido, no dia 25 de dezembro vai ser Natal e no dia 31, o  Réveillon . As famílias, as turmas, todo mundo sabe disso. O tempo passa e as coisas acontecem. Para acontecerem do jeito que queremos, devemos nos ajustar ao tempo. Essa sensibilidade quanto ao poder do tempo ainda não se nota na política de vários países, caso também do Brasil: “-Ah, isso aí a gente precisa ver como vai ficar.” Pode ter funcionado durante um tempo, mas no atual ritmo das mudanças tecnológicas não pode ser. A Lei do SeAC, que regulamenta os serviços de TV por assinatura, não vai mais exigir a chamada “caixa híbrida” no DTH, que permitiria sintonizar tanto o sinal do satélite quanto o da TV aberta. Ou melhor, na verdade isso