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Mostrando postagens de junho, 2016

O LIMITE DE CUSTO DAS BRIGAS POLÍTICAS

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“Na hora de jogar fora a água da bacia, depois do banho, atenção pra não jogar junto o bebê.” Sabedoria popular, coisa que não dá Ibope mas fica na cabeça de quem entendeu. No caso, o aforismo é próprio para um tipo de situação bem complicada. Aponta para alguma coisa tão importante e promissora como um bebê e, ao mesmo tempo, para algo turvo e descartável, no entorno daquela presença. O assunto é a EBC – Empresa Brasil de Comunicação, criada para atender uma necessidade citada na Constituição: um Serviço Público de Comunicação Social, em nível nacional. De 2007, quando foi criada, até os dias atuais, além de alguns programas difíceis de serem justificados, a EBC também produziu intrigas e altos números orçamentários, que alcançam repercussão maior do que suas mídias. É o que traz a certeza de que há uma “água cinza” a ser descartada, e uma incerteza sobre a real existência de um “bebê”, um valor a ser preservado. De toda a estrutura montada pela empresa, a TV Brasil é a mais

VOCÊ VIRTUAL, O GRANDE NEGÓCIO DESSES TEMPOS

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O fato é verídico. Aconteceu entre o final da década de 60 e início dos anos 70. O “milagre brasileiro” colocava muitos carros nacionais nas ruas, falava-se em TV em cores, carrinhos guiados com controle remoto. Viva a tecnologia! Ao Norte, a Transamazônica invadia mansamente os cofres públicos e a floresta, para marcar uma nova fase de desbravamento. Várias tribos tiveram um primeiro contato com o civilização naquela época. Representantes de uma delas, já acostumados a usar calças de brim coringa, foram convidados a ir para São Paulo, conhecer o outro mundo. Antropólogos explicavam as “pajelanças” do homem branco, que mudaram tão drasticamente o ambiente. Viram edifícios, automóveis, grandes avenidas, telefone, TV, energia elétrica, etc. Passados alguns dias, em conversa com jornalistas, um deles perguntou a um dos índios o que mais o havia encantado na civilização, o que ele gostaria de levar para sua tribo. Pensou – só um pouco – andou até o fundo da sala e apontou uma torn

"QUEM NÃO SE COMUNICA, SE TRUMBICA"

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Se o sistema público de saúde brasileiro tivesse sido inventado hoje muita gente seria contra, suspeitando que só serviria para tratar os amigos dos políticos. Agora que já existe, todo mundo sabe o quanto é necessário. A suspeita, no entanto, não é de todo absurda. Há quem diga que, nos casos mais complexos, para conseguir atendimento precisa de um empurrãozinho de alguém que anda de carro oficial. Em todos os serviços públicos se percebe esses dois lados: a necessidade da população, que depende do serviço, e o uso político, que desmoraliza a administração. Em vários países se observa que, no caso do serviço público de comunicação social, o jogo de influências é pesado. É assim na PBS, nos Estados Unidos, na Deutsche Welle (Alemanha), na France Télévisions (França), TVE (Espanha), RTP (Portugal), RAI (Itália), NHK (Japão), BBC (Reino Unido), todas emissoras públicas nacionais de TV. Todas sofrem pressões políticas, mas prestam serviços fundamentais nesses países. São ações de

A VIDA PODE TER MAIS CONTEÚDO

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Depois que a gente sai da barriga da mamãe, a única coisa indispensável que a natureza não vai deixar no jeito pra todo mundo é roupa. Desde que Adão e Eva adotaram o histórico modelito folha de figueira, viver em sociedade exige roupa. E o que mais? Celular, com certeza! Já se disse antes que no mundo tem mais celular até do que óculos. Um olhar mais filosófico revela que celular é sinônimo de conexão. É só medir o tempo de uso de um celular em chamadas telefônicas e comparar com o tempo dedicado à Internet no mesmo aparelho. Até aí, nada de novo. Será!? A cada dia surge uma prova mais contundente de que alguém muito antenado ainda não tinha percebido isso. No mês passado, quem descobriu o celular foram as empresas americanas de TV a cabo. Elas até convidaram a AT&T, recém proprietária da DirecTV, para falar no INTX 2016, o principal evento de TV a cabo por lá. Veja bem o que isso significa: no universo da TV paga (ou TV por assinatura) a tecnologia a cabo concorre com a