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Mostrando postagens de dezembro, 2015

O CARÁTER DAS CANETAS

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"Ele tem a força!" Ou, numa interpretação mais atual, "ele tem a ... caneta!" Esse poder de varinha mágica que possuem determinadas canetas é responsável por boa parte do atraso do mundo.  É quando o gestor público esquece que a autoridade se estabelece com base na lei. Recebe um cargo e sai assinando o que tem na cabeça, como se a expressão da própria vontade fosse tudo que se esperava dele. Acredita-se uma sumidade cujos atos serão, por definição, os melhores. O gestor consciente e competente, antes da lei, terá seus próprios limites morais. Vai respeitar o valor da palavra, as expectativas que gera ao seu redor, os hábitos já estabelecidos, para tratar cada situação com o devido respeito. Porém, quando a palavra dita passa a ser apenas uma arapuca e, quando até a palavra assinada, depois de acordos, desaparece diante de uma assinatura idêntica mais recente, é porque uma crise institucional está se desenhando. Um exemplo: com o leilão da faixa de 700M

ALGEMAS REAIS NO MUNDO VIRTUAL

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"-Ô, seu guarda... Por que fecharam essa rua aí!? "-Ah, foi o Juiz que mandou." "-Mas fechar por quê? Até que horas vai isso?" "-Sei não. Parece que o cara ali da padaria não pagou as contas dele, então o promotor pediu pra fechar a rua até derrubar o faturamento, pra ele resolver pagar." Não foi uma rua, mas uma infovia, por onde passam diariamente dezenas de milhões de pessoas. O WhatsApp parou por 13 horas no Brasil e, mais uma vez, levou o nome da pátria amada às manchetes internacionais. Nada de fazer coro à indignação, evocar o absurdo. Pobre coitado, o que será do absurdo? Até as coisas que ninguém imaginou já acontecem, e o significado dele só encolhendo. O fato está aí, na história, e apesar da origem virtual terá reflexos reais que podem impactar o mundo todo. Tudo começou com um processo crime, ninguém sabe qual, porque corre em segredo de justiça na cidade de São Bernardo do Campo, Grande São Paulo. O promotor do caso quer aces

PRÊMIO FINEP DE INOVAÇÃO CONFIRMA O RITMO DA CRIATIVIDADE

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Inovação é o fim do mundo! Mas também é o começo de outro. É o que se viu na história da Internet. A grande rede foi idealizada para viabilizar a comunicação entre centros de pesquisas, no caso de uma guerra nuclear. Seria o fim do mundo. Os cientistas teriam a tarefa de reconstruir a civilização, conversando por uma espécie de Whatsapp do Apocalipse. Quando a guerra fria acabou, pensaram em dar outra utilidade a rede. E então surgiu o mundo virtual da Web, onde acontece grande parte da nossa vida real. Hoje o mundo não é mais o mesmo. Ele está sendo a cada dia algo um pouco diferente. Um pouco mais a cada semana, mudado a cada mês, imprevisível a cada ano, irreconhecível a cada década. Por enquanto, o nome disso é inovação. A Finep - Financiadora de Estudos e Projetos, ligada ao Governo Federal, estimula a inovação no Brasil de todas as formas possíveis. Além de financiar, identificar potenciais, novos nichos, aproximar saberes, ela também premia as mais destacadas inovações

A CONFERÊNCIA DO CLIMA E O FUTURO DA POLUIÇÃO

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Talvez algum dia reconheçam que a palavra mais devastadora dessas últimas décadas está entre os vocábulos mais ingênuos e politicamente corretos do Ocidente. A tradução pode sofrer algumas variações etimológicas de um idioma pra outro mas, com certeza, em todas as nações, onde existe o atraso essa palavra será usada. Atraso pela procrastinação, pela leniência, pela apatia. A palavra é "conscientizar", em todas as suas flexões, mais a substantivação. Aí está a COP 21, com o despropósito de trazer propostas para evitar o aquecimento global. Uau, já são 21 anos de conversa, e o que foi feito até agora? Conscientização, oras! É nessa palavra onde param todos os tipos de soluções. Juízes de Direito já apareceram até na TV, criticando, por exemplo, radares de velocidade, para substituí-los por "ações de conscientização". E o trânsito matando! Conscientizar deve ter o poder de tirar os jovens das drogas, manter as ruas limpas e conservadas, erradicar a dengue no B