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Mostrando postagens de julho, 2014

DO TETRA AO 4K

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"-Enfim o HD, a alta definição! Minha TV é quase uma janela aberta para outros mundos, que se alternam na tela, como se fossem parte da realidade, do ambiente onde estou......" Sabe de nada, inocente! Daquele trambolho onde você assistiu à conquista do Tetra até o HD, o aumento da definição de imagem foi de pelo menos 250%, dependendo da referência. Depois, para o full HD, mais 125%. E você achou que tinha chegado ao limite? Agora a 4K chega com mais 300% em cima de todos esses progressos anteriores. E a 8K, que já está na fila, vem com mais 300% de televisão. Daqui para frente, se você quer ver melhor o que está passando na TV, deve procurar um oftalmologista. Porque a tecnologia de imagem está avançando ao limite da capacidade do olho humano. Possivelmente, com o tempo vai melhorar a razão de contraste, a velocidade de atualização e outros detalhes que vão dar mais conforto visual. Mas a definição de cada ponto de imagem cresceu muito em 20 anos. O assunto merec

O TEMPO QUE VOLTA DIFERENTE

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  Tem um tipo de gente que desliga o cérebro quando ouve falar em milhões de anos. Realmente, é uma chatice. Milhões fica bem em dólares, em moeda corrente. Se tiver mesmo que falar em milhões de anos, que seja sobre petróleo, para poder medir também em dólares. Nas aulas de geografia as crianças - que só aceitavam ser chamadas de adolescentes - dormiam quando se falava daqueles longínquos reveillons que chegavam entre lavas ou dinossauros. Só Steven Spielberg conseguiu superar o tédio daquelas aulas, mas isso foi durante os tempos do Jurassic Park. De lá para cá aqueles adolescentes já estão cobrando dos próprios filhos mais atenção nas aulas de geografia, se desesperam com os primeiros fios brancos na cabeça ou com os poucos cabelos que estão sobrando: "-Como era bom ser chamado de criança". É, evolução de verdade, aquela novidade que nasce na contramão do envelhecimento, demora muito! Na natureza é assim. O homem demorou 70 milhões de anos para deixar de s

VALORIZAR O CONTEÚDO, PARA TER O QUE ENTREGAR

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Se você tem criatividade, iniciativa, gosta de fazer acontecer, agora tem mais um motivo para comemorar. A Suprema Corte Americana proclamou uma decisão, há poucas semanas, que consagra o direito dos criadores de conteúdo receberem pelo que produzem. Na prática, o que se viu foi a "Bald Eagle" - a águia de cabeça branca, símbolo dos Estados Unidos - cortando as asinhas de uma startup que se proclamava autora de uma nova tecnologia. Se você mora no Brasil, vai ter alguma dificuldade para entender a história toda. É que o sistema brasileiro de TV é mais avançado e os modelos de negócio no setor também são mais práticos e eficientes. Lá, nos Estados Unidos, a televisão arrasta um passivo tecnológico dos tempos em que o sinal de TV por radiodifusão ainda era sujeito a muitas interferências. Foi por isso que os americanos criaram a TV a cabo. Em princípio, garantiu apenas um sinal de alta qualidade para os assinantes. E, com o tempo, foi agregando melhorias, como a inclus

O CUSTO DE UMA OBRA PARADA

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Ginga, no Brasil, há muito tempo é um patrimônio imaterial. Esse espasmo de alegria, quase instintivo para um brasileiro sob o batuque, tem o poder de projetar mundo afora a balconista da loja, o gari, em coreografias contagiantes. Um jeitinho brasileiro de glamourizar a pobreza, mas também de revelar o valor de se fazer muito, com pouco. Foi assim que o Brasil entrou no cenário da TV digital, fazendo muito com pouco. Instituições nacionais de pesquisas, muito sérias e competentes, desenvolveram o software Ginga, um jeito brasileiro de entrar no meio da tecnologia japonesa. Bem no meio, um middleware, capaz de dar outra graça no hábito de assistir TV. Mas isso foi há muito, muito tempo atrás. Sim, porque quando se fala em "tempo digital" a referência é outra. O inverso de quando se fala em tempo geológico, onde o surgimento da espécie humana é um fato que "acabou de acontecer". Essa referência de tempo aqui é fundamental para compreender a situação que se a