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Mostrando postagens de junho, 2014

DIGA-ME COM QUEM ANDAS......

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Ainda não caiu a ficha pra muita gente, mas o Brasil está prestes a fechar um dos maiores negócios públicos dos últimos tempos. E não deve usar um único saco de cimento. Trata-se do remanejamento da faixa de 700 MHz para as teles, as empresas de telefonia móvel, que querem trafegar o sinal de Internet 4G nessa frequência. O leilão de 3 licenças - que serão disputadas entre as 4 grandes operadoras, Vivo, Claro, Tim e Oi - prevê uma arrecadação da ordem de R$ 18 bilhões. Num plano de comparação, quando foi projetada a modernização e expansão do metrô de São Paulo, que aumentaria em mais de 5 vezes o tamanho das ferrovias subterrâneas na cidade, a previsão de custos era de R$ 23 bilhões. A Hidrelétrica de Santo Antonio, no Rio Madeira, deve consumir R$ 13,5 bilhões e a de Belo Monte, uma das maiores do mundo, R$ 19 bilhões. Sem entraves do tipo licença ambiental, transporte de materiais ou alocação de mão de obra, esse dinheiro todo vai ser jogado na mesa no próximo mês de agosto, da

O OLHAR DOS ANJOS

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Nada de superficial no mundo dos grandes negócios. A era de ouro, negro aliás, ainda não acabou para os hidrocarbonetos. Desde 1916, quando John Davison Rockefeller tornou-se o homem mais rico de todos os tempos, o petróleo das profundezas da Terra é uma fonte segura de riqueza. É de lá do fundo, até das águas, que uma parte significativa das fortunas do mundo ainda prospera. Por outro lado - exatamente do outro lado - os atuais donos das primeiras posições no ranking da Forbes lançam seus investimentos em órbita. Foi para lá que o Google mandou US$ 500 milhões de dólares ao adquirir a Skybox Imaging, que usa pequenos satélites para transmitir imagens de alta resolução, obtidas bem do alto. O foco exato dessa aquisição ainda tem algum suspense. Dois meses antes o Google tinha comprado uma empresa de drones que irradiam sinais da Internet, a Titan Aerospace. Num negócio idêntico o Facebook investiu US$ 20 milhões para comprar a Ascenta, algumas semanas antes. A empresa, agora d

A CONVERSA DOS NÚMEROS

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Para boa parte das pessoas, a primeira vez em que ouviram falar do infinito foi na infância, quando se interessaram pelos números: "-Quantos são os números?" Pela faixa de idade mais provável, são as mães que costumam responder: "-são infinitos, não dá pra contar, nunca acabam". Seguem-se um monte de conjeturas tão idiotas quanto geniais, uma vez que tratam de algo intangível, uma abstração. A criança fica confusa com aquela ideia estranha do sem-fim. Depois o infinito aparece de novo, no céu, no relógio, é o tempo e o espaço; no nome imponente da dízima periódica, na solução de equações, até chegar no amor infinito. Ah, daí a gente começa a entender que esse infinito não vai tão longe assim. Deve ter gente até que já viu onde ele fica. Afinal garantem que é lá, no infinito, onde as retas paralelas se encontram. Na prática, o infinito tem um tamanho a cada tempo. Hoje, com a maioria dos PCs na largura de 64 bits, o "infinito" vai até 18.446.744.0

COMPRAR: A NOVA COMPULSÃO DIGITAL

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Caju é praticamente uma marca brasileira. Praticamente, só uma marca. Aquela textura sedutora, o tom de vermelho que se funde com o amarelo, são como versos da natureza. Músicos e poetas não se cansam de usar aquela imagem saborosa pra provocar os mais diversos sentimentos. E depois de toda essa inspiração, ......direto pro lixo. É isso mesmo, são quase dois milhões de toneladas de caju que só o Nordeste Brasileiro manda para o lixo todos os anos, logo depois das fotos que vão estampar as propagandas das agências de viagem. Não é a carreira de modelo fotográfico que garante a economia do caju. O grande valor está na castanha da fruta, que paga as contas da produção desse astro sedutor. Em muitos negócios que acontecem no mundo da inovação fica difícil saber exatamente o que está sendo comprado. Adrian Perica, o executivo da Apple encarregado da aquisição de empresas, chegou a fazer uma oferta por uma startup dizendo que queria ficar apenas com os funcionários. Não havia inte